“Zeitgeist Arte da Nova Berlim
Data: 26/03/2016
Horário: 09:00
Local: Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro
Rua: Primeiro de Março , nº 66
Centro/Rio de Janeiro
Período: 27/01/16 a 04/04/16
De quarta a segunda de 09:00 às 21:00hs
- Convite: “Zeitgeist – Arte da Novaberlim”.
- Marcello (Michellangello Art Gallery) marcando presença na Mostra “Zeitgeist”.
- Diferentes “olhares”.
- Anexus (neues museum) 11,3 parts 2008/12 de Thomas Florschuetz.
- Galeria da Mostra.
- “Vulcano” 2010 Óleo S/tela de Franz Ackermann.
- Olhares atentos.
- “Gobo” 2014 Óleo S/tela de Norbert Bisck.
- Galeria da Mostra.
- Galeria da Mostra.
- “Novos anúncios para São Paulo: B.I.T.” Óleo S/tela de Franz Ackermann.
- Galeria da Mostra.
- “Cidade/stadt” 12/94 (Berlim) 2011 de Frank Thiel.
- “Cidade/stadt” 13/01 2007 Impressão Cromogênica de Frank Thiel.
- “Palast Der Republik, Berlim (28.08.2006 – 19.12.2008) ed 5/6 lambda- print aplicada em metacrilato de Michael Wesely.
- “Impressão fine art em moldura com efeito de sombra, sob vidro 2011 de Friederike Von Rauch.
- “Olhar através do Tempo”.
- “O espírito de uma época marcada por contradições”.
- Galeria da Mostra.
- “Representação de música eletrônica” por Marcel Betmann.
- Videoarte.
- “Reflexos”.
- Contradições e reinvenções.
- Arte sem limites.
Após ter sido palco de acontecimentos dramáticos que lhe deixaram profundas feridas no século XX, duas Guerras Mundiais, a Guerra Fria, a divisão em duas partes, Berlim a capital da Alemanha, reergueu-se das cinzas como uma fénix depois da queda do muro. A vida improvisada que, nos anos 90, se caracterizava por insondáveis relações de propriedade foi se adensando até formar o Zeitgeist que hoje projeta a sua influência para muito além da Europa Central, atraindo artistas do mundo todo com seu magnetismo. Embora, às vezes, pareça ser um pouco provinciana comparada a Nova York, Londres e Paris, a imagem da cidade nunca foi prejudicada. Isso faz com que seja menos suscetível à dominação do mercado de arte e aos excessos da especulação, se bem que, até mesmo em Berlim, os primeiros sinais de gentrificação já se façam notar.
O custo de vida que, em relação a outras metrópoles, ainda é relativamente razoável, beneficiando a vinda de artistas e outros profissionais talentosos, é um segredo que já se tornou público.
Berlim é “pobre, mas sex”, segundo um comentário espirituoso atribuído ao ex-prefeito da cidade. Outra vantagem que se fez sentir, principalmente na zona leste da cidade, é que a desintrustrialização ocasionada pela Guerra Fria levou a profusa desocupação de imóveis de baixo custo, liberando-os para serem transformados em ateliês pelos artistas.
Nem mesmo o tom um pouco áspero dos berlinenses e seu famigerado mau humor foram capazes de intimidar a nova boemia que pode trabalhar na cidade livre de tabus e cultivar uma simpática modéstia.
A ausência de uma “corte” cultural que, em outras capitais da Europa, paralisa a criação artística com sua etiqueta e normas não escritas também tem um efeito positivo, assim como a falta de nacionalismo. Por isso não surpreende que, na exposição panorâmica “Based in Berlin” (2010), mais da metade dos artistas participantes era composta de estrangeiros que vivem em Berlim.
Também o Crossover para outras disciplinas, como filosofia, literatura, sociologia, a música contemporânea, o teatro e o cinema e até mesmo a subcultura dos clubs, fertiliza a cena artística da cidade.
A Segunda Guerra Mundial e a reconstrução fizeram da cidade uma verdadeira colcha de retalhos, cheia de fragmentos divididos entre a maldição da memória e as experimentações rumo ao século XXI. Berlim abriga tanta história e tantas utopias fracassadas que pode ser considerada a mais pura cidade pós-moderna. A um só tempo, esta em vias de tornar-se o ponto de interseção entre Ocidente e Oriente e voltar a ocupar a posição central na Europa que já detinha no início do século XX.
Os gêneros representados vão desde a pintura, cuja longa tradição em Berlim remonta ao expressionismo, passando pela fotografia, videoarte e performances, chegando até as instalações. Muitas obras estão desenvolvidas “in loco” e de maneira “site specific” para o Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro. Também está representada a música eletrônica, com 7 sound tubes da novíssima geração de Djs, selecionados por Heiko Hoffmann.